Fora dos Livros: The Chosen, o fenômeno que retrata o amor de Jesus de forma comovente

26 de novembro de 2023

Olá pessoal!
Eu escrevo neste blog há mais de dez anos, e neste tempo eu evitei falar abertamente por aqui sobre algumas temáticas, religião é uma delas. Eu sou cristã e acredito que os ensinamentos de Cristo devem ser perpetuados, mas também entendo que todos nós somos livres para crer naquilo que nos convém. Nunca impus minha religião, e nem pretendo fazê-lo, pois tudo o que sei dos ensinamentos bíblicos me leva a crer que o meu Deus não deseja se forçar a ninguém. Minha fé tem me sustentado há muitos anos, acreditar que existe um ser superior cuidando de tudo me ajuda a seguir em frente, mesmo quando tudo o que eu mais quero é desistir. Eu respiro Deus, e é isto que me mantém viva dia após dia. Confesso que, mesmo assim, eu não costumo consumir muito conteúdo desta temática. Eu simplesmente não preciso de muito mais do que eu já sei e sinto, minha fé já está firmada, estou convicta daquilo que acredito e isto me basta. Contudo, The Chosen tocou em mim de uma forma ímpar, e eu preciso falar disso aqui também.

Jesus (Jonathan Roumie)

Eu só soube desta série recentemente. Comecei a ver fragmentos pelos quatro cantos da internet e tive que conferir, no fim eu não poderia ter tomado uma decisão mais acertada. A produção conta com uma qualidade audiovisual excelente, um roteiro bem construído e atores carismáticos cujo trabalho passa credibilidade para trama. Este combo não influenciou apenas a minha aceitação, estima-se que cerca de mais de um bilhão de pessoas já assistiram a série em todo o mundo. Atualmente The Chosen se encontra entre 250 melhores séries de todos os tempos da base internacional de dados sobre cinema, músicas e séries IMDb. Um sucesso, não é mesmo? Mas antes mesmo de tomar conhecimento de todos estes números e popularidade, a série já havia ganhado meu coração por completo, isso porque é impossível permanecer indiferente conforme você vislumbra os feitos de Jesus e o impacto que eles desencadearam na vida de tantas pessoas. Perdi as contas das vezes que chorei enquanto assistia um personagem destruído se reerguer para uma nova vida, com um novo semblante e novos propósitos. Senti cada palavra proferida para curar, me emocionei quando eles desabaram e vibrei quando se firmaram. Pode parecer bobagem, mas cada cena me atingiu e me marcou profundamente.

Dirigida por Dallas Jenkins, este fenômeno inquestionável, é uma produção independente e pode ser assistida gratuitamente por meio de um aplicativo ou site próprios. 

Jesus (Jonathan Roumie)

1º TEMPORADA

Jesus (Jonathan Roumie), o carpinteiro de Nazaré, chega a Cafarnaum em busca daqueles que o seguirão em sua importante jornada. Seus caminhos já foram traçados, e sua missão tem tempo certo para ser consumada, diante disso, Jesus cumpre seu propósito meticulosamente. Inicialmente sua postura discreta lhe permite começar o recrutamento dos escolhidos sem despertar muita atenção, mas não demora muito para que todos passem a falar de seus feitos. O homem de aparência humilde que ministra a palavra de uma forma nunca vista antes, expulsa demônios sem grande esforço, cura leprosos e faz paralítico andar, reuni verdadeiras multidões ao seu redor. Toda essa popularidade desperta o descontentamento dos romanos, líderes políticos da época, e dos fariseus, membros de uma seita religiosa que acreditavam ser a régua do mundo, e isso torna todo o processo pelo qual Jesus e seus discípulos precisam passar ainda mais arriscado. Mas fazendo jus ao ditado "quem tem Deus, tem tudo", as dificuldades surgem apenas para serem superadas. Cada passo leva Jesus a um novo escolhido que após ter sua existência tocada, recebe a oportunidade de seguir com o mestre em sua caminhada, caso assim desejem. 

Lilith / Maria de Magdala (Elisabeth Tabish)

Logo de cara somos sensibilizados pela história de Lilith (Elisabeth Tabish), uma prostituta atormentada por uma legião de demônios que vive uma vida de aflição e desesperança. A jovem mulher já não acredita mais que será liberta de seu calvário e por isso pensa em desistir, mas quando tudo parece perdido Jesus surge diante dela e a chama pelo nome. Tal qual um pai amoroso que acalenta o filho que sofre, Jesus conforta, cura e liberta Maria de Magdala / Maria Madalena (Elisabeth Tabish), e em troca ele tem sua fé e devoção incondicional. Da mesma forma que Jesus transformou Maria, ele também se mostrou em glória e poder para Simão Pedro (Shahar Isaac), o pescador astuto e de pavio curto, e o convidou para se tornar pescador de homens. Ele também tocou Mateus (Paras Patel), o judeu que a serviço de Roma coletava impostos do seu próprio povo, e o fez enxergar além do óbvio. E se reuniu com Nicodemos (Erick Avari), um dos líderes dos fariseus que tinha sede da palavra. Jesus ensinou, acolheu e valorizou, todos que lhe buscaram e de forma única e particular alimentou sua fé e transformou a vida de cada um deles.

Da esquerda para a direita, respectivamente, Maria Madalena (Elisabeth Tabish), Mateus (Paras Patel), Jesus (Jonathan Roumie), Simão Pedro (Shahar Isaac) e André (Noah James).

The Chosen é espetacular, e se destaca por trazer humanidade para fatos tão conhecidos. Diferente de muitos outros projetos tradicionais que retratam os acontecimentos bíblicos de forma engessada, o projeto de Dallas Jenkins, consegue transmitir com facilidade o impacto que Jesus causou na vida daqueles que tiveram o privilégio de cruzar seu caminho. Maria, Pedro, André, João, Mateus e tantos outros, deixam de ser apenas um nome em uma página e ganham vida como nunca antes. Um roteiro tão bem executado que facilita a compreensão e gera identificação. Eu sei que muito do que está na bíblia está suscetível a interpretação de quem lê, mas eu sempre acreditei que a resposta de tudo está no amor, seja no amor que Deus sente por nós ou no amor que sentimos por ele e pelos outros. Quando se há amor em sua forma mais pura e genuína, não há espaço para o mau. E foi isso que senti enquanto assistia esta série, o amor que jesus semeou com seus ensinamentos e milagres. Eu creio que as sementes que ele lançou enquanto caminhava rumo ao calvário seguem dando frutos até os dias de hoje.

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