[Resenha] Sob o mesmo teto - Ali Hazelwood

4 de fevereiro de 2023

Olá pessoas!
Como estão vocês? Eu ando meio insegura para escrever resenhas para o blog. Sempre me esforcei muito para oferecer o melhor que posso nos textos publicados aqui, e depois de um tempo afastada me sinto enferrujada e um pouco fora de lugar. Mas boas histórias tem o poder de me fazer tentar. Então esta sou eu, tentando. Li Sob o mesmo teto depois de um longo período de meias leituras, e fiquei encantada com a leveza dessa história ao ponto de querer muito falar sobre ela. Sinceramente trata-se de uma trama simples, sem muitas reviravoltas ou profundidade, um entretenimento fútil que serve muito bem ao propósito de prender e comprazer o leitor. Eu já havia tomado conhecimento de outros títulos da Ali Hazelwood que saíram pela editora Arqueiro, e sempre alimentei um interesse moderado em conhecê-los, isso sem sombra de dúvidas se intensificou após esta leitura, a autora possui uma escrita agradável, e nesta obra em específico trouxe algumas temáticas importantes que foram abordadas de forma breve, e que se melhores trabalhadas poderiam ter dado mais corpo ao enredo, mas em se tratando de um romance curtinho, penso que Sob o mesmo teto é o que deveria ser. Gostoso de ser lido, bem escrito e divertido.

Sob o mesmo teto (Under One Roof) 
Coleção: Odeio te amar #01
Autor (a): Ali Hazelwood @eversoali
Publicação: Arqueiro 
ISBN: 9786555654356 | Skoob
Gênero: Romance
Ano: 2023
Páginas: 148
Minha avaliação: 4/5★
Na primeira história da série Odeio Te Amar, a engenheira ambiental Mara acaba de conseguir seu emprego dos sonhos na agência de proteção ambiental americana em Washington. Porém, como nem tudo é perfeito, Helena, sua referência mais próxima de família, além de sua orientadora no doutorado e grande mentora, acaba de falecer. Para sua surpresa, Mara descobre que ela lhe deixou uma casa de herança. O problema é que Liam, o detestável sobrinho de Helena, já mora lá e também tem direito à propriedade. Obrigada a compartilhar a casa com um estranho que não respeita regras e ainda por cima trabalha para uma petroleira, Mara esquece que todo ecossistema necessita de equilíbrio e declara guerra. Ela não quer desistir de algo que é seu por direito e, conforme conhece melhor Liam, com todos aqueles músculos e uma boca irresistível, vai precisar se esforçar para não se entregar ao lado não sustentável da força.
Após um longo período me alimentando quase que exclusivamente de fantasias e romances adultos, eis que finalmente me deixei fisgar por um Chick-lit novamente. Eu amo comédias românticas, clichês e casais fofos, mas nos últimos anos não usei muito do meu tempo para conhecer as novidades que vêm surgindo neste nicho. Felizmente, minha procura por uma leitura leve e breve me levou a Sob o mesmo teto. Juro que não esperava muito dessa história, mas Ali Hazelwood mostrou a que veio logo nas primeiras páginas e eu não tive a menor chance. Me apaixonei perdidamente por tudo nesta trama, os personagens, a rotina descrita, o casal... Eu não fazia ideia de que precisava ler este livro, até ler este livro. Talvez os leitores assíduos do gênero considerem um exagero toda essa minha empolgação, mas venhamos e convenhamos, depois de anos estou de volta aos romances água com açúcar, e a sensação que eu tenho é a de estar revisitando um lugar antigo que havia esquecido que amava tanto. E que delícia é poder estar de volta.

Mara é uma jovem cientista determinada e capaz, que em meio ao luto pela perda de Helena, sua orientadora a quem ela considerava parte da família, se descobre herdeira de metade de uma graciosa propriedade. Uma surpresa deveras empolgante, se não fosse o fato de que a outra metade da residência pertence a ninguém mais ninguém menos que Liam, o sobrinho impertinente da falecida, que não está disposto a ceder um milímetro sequer do seu espaço para Mara. Diante da recusa de Mara em vender sua parte da casa para Liam, os dois se veem obrigados a viver sob o mesmo teto, dando inicio a uma convivência hostil. Liam quer que ela saia, mas Mara está decidida a ficar pelo menos até conseguir se ajustar ao novo emprego. A principio a rotina se estabelece de forma caótica e repleta de provocações mas com o passar dos meses a inimizade dá lugar a cordialidade, e uma trégua torna a atração compartilhada por eles ainda mais evidente e difícil de resistir.

Quando finalizei esta leitura, estava tão mas tão entusiasmada pela escrita viciante da Ali Hazelwood que não consegui reunir uma gota de senso crítico para escrever esta resenha. Contudo, alguns dias se passaram e reavaliando tudo que li, eu fui capaz de resgatar minha constatação inicial que havia sido soterrada pelo romance fofo do casal protagonista. E a questão é, sim eles são uma gracinha juntos, mas separados a Mara é chata, irritante e sem noção. Calma, eu não odeio a garota, mesmo assim eu não pude deixar de me incomodar com algumas percepções e atitudes dela. Tudo bem, Mara herdou a casa e definitivamente tinha direito a metade de tudo, e eu entendo que o Liam não fez o menor esforço para ser gentil, entretanto, ela se sentiu com mais direitos do que de fato possuía, e vamos ser honestos né? Ninguém na situação dele teria ficado confortável e satisfeito em dividir seu lar com uma completa estranha. Mas é óbvio que a teimosia de Mara e sua insistência em estar naquela casa sob frágeis justificativas, foram fatores determinantes para que esta história se desenvolvesse, então me aterei aos fatos.

As provocações diárias praticadas por Mara e Liam me renderam um bom divertimento, isso porque é tudo (ou quase tudo) muito leve e não causa danos reais a nenhum dos dois. Na maior parte do tempo, temos Liam tentando incomodar Mara a todo custo, seja enquanto consome os alimentos que ela guarda na geladeira, ou diminuindo a temperatura do termostato. Para grande parte da população mundial pode parecer besteira, mas pra Mara toda-sistemática-e-certinha, isso é o fim da picada. E quando enfim, eles decidem levantar a bandeira branca, e os conflitos entre os dois deixa de existir, torna-se quase impossível não perceber a atração gigante que eles compartilham. É assim que uma cientista genial e um advogado renomado, passam a viver uma relação juvenil, onde primeiro se desenvolve aquela amizade tímida e confortável, seguida sem muita demora por um interesse amoroso silencioso, cheio de dúvidas, constrangimentos, ciúmes bobos e muita expectativa.

Sob o mesmo teto, é um enemies to love clichê, gostosinho de se acompanhar, de rápida leitura e pouca profundidade. Uma obra feita sob medida para encantar e entreter. Trás protagonistas muito bem resolvidos profissionalmente, cujas vidas pessoais precisam urgentemente de uns ajustes. A animosidade inicial compartilhada por ambos, não possui bases muito sólidas e por isso não demora muito a ruir, dando lugar a uma relação admirável. Liam e Mara reconhecem o interesse que nutrem um pelo outro no segundo em que se veem pela primeira vez, mas alguns conflitos (que poderiam ser facilmente resolvidos diga-se de passagem) somados a incerteza de serem correspondidos (isso porque apesar das inúmeras oportunidades, faltou um conversa franca), adia desnecessariamente o inevitável. E ainda assim, acontece tudo no tempo certo, o desenvolvimento do romance ocorre de forma gradual e a convivência trás a certeza. É uma delícia poder acompanhar a atração lá do inicio ganhando contornos mais marcados, e perceber quando Liam e Mara passam de meros estranhos para dois amigos que se conhecem e curtem a companhia um do outro. Eles vão se encaixando nessa rotina , se acostumando com conversas até tarde da noite, se envolvendo nos sonhos uns dos outros, se apaixonando pelos defeitos e sentindo as ausências, e quando percebemos vóilá, eis um casal divertido e extremamente cativante.

2 comentários

  1. Oi Delmara.
    Eu compreendo perfeitamente como você está passando, mas não desista que você pega o ritmo novamente. Eu também tenho conhecimento dos outros títulos da Ali Hazelwood além deste que você resenhou, mas ainda não li nenhum livro dela. Eu estou vendo tanta resenha e vídeos positivos da escrita da autora que vou arriscar em conhecer a história. Provavelmente será este livro, pois você despertou minha curiosidade pela história e por ser uma leitura rápida dará para ver se vou gostar da escrita da autora.

    Bjos

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  2. Oi, tudo bem? Vejo tantos leitores indicando os livros dessa autora que é impossível não querer conhecê-los também. Confesso que romance não é o gênero que mais leio, mas tenho curiosidade em ler alguns que vejo pelas redes sociais. Acho legal a proposta de hate to lovers que alguns autores têm apostado tanto. Desde Teto para dois venho sentindo que a fórmula vem ganhando cada vez mais o coração de todos ao redor do mundo, principalmente por trazer personagens tão diferentes um do outro. Não deve ser fácil ter que conviver com alguém que "odiamos" tanto, se temos um sentimento é mais complicado. Mas é divertido ver esse relacionamento dando certo. Um abraço, Érika =^.^=

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