[Resenha] Quase um romance - Megan Maxwell

14 de novembro de 2017

Olá personas!
Que tal falarmos de mais um livro da Megan Maxwell, dessa vez não tem nada de Kilt por aqui, okay? Mas não fiquem tristes porque mesmo não sendo um guerreiro escocês "maravilindo", Paul é um personagem adorável que conquista facilmente. Este livro foi o primeiro romance ou "quase romance" escrito pela escritora alemã e trás muito das características de escrita que conhecemos em suas publicações mais atuais, quem acompanha as obras da Megan poderá facilmente perceber após a leitura deste livro que ela evoluiu consideravelmente a sua escrita, o que além de maravilhoso, influenciou diretamente na minha paixão pelas obras dela, pois como costumo dizer o que torna as história dessa mulher fáceis e atraentes de se ler, é a narrativa fluída e completa que ela possui atualmente. Então se este é o seu primeiro contato com um livro da autora, se permita conhecer algum outro título, porque esse embora tenha uma boa proposta, deixa bastante a desejar no que diz respeito a narrativa. Bom, já chega né? Podem seguir para a resenha!

Quase um romance (Casi una novela)
Autor (a): Megan Maxwell @MeganMaxwell
Publicação: Suma de Letras *Cortesia
ISBN: 9788556510242 | Skoob
Gênero: Romance
Ano: 2016
Páginas: 332
Minha avaliação: 3/5★
Desde a perda dos pais e o fim de um relacionamento complicado, Rebecca tem levado uma vida solitária. No entanto, quando esbarra em Pizza – uma cachorrinha abandonada que parece precisar tanto de afeto quanto ela –, a jovem pressente que sua vida está prestes a mudar. Paul Stone é campeão de Moto GP, e pai de Lorena, uma menina encantadora que ele cria sozinho. Administrar a carreira e a família não é um trabalho fácil, ainda mais quando as mulheres em seu redor parecem interessadas apenas no piloto famoso, e não no homem real. Quando os dois se esbarram – com uma ajudinha de Pizza e Lorena –, Paul tem certeza de que encontrou o que vinha procurando há muito tempo. Já Rebecca não está assim tão disposta a abrir espaço em sua vida para uma nova relação, mas como resistir à amizade, aos sorrisos e aos olhares de Paul?
A maioria dos autores que acompanho possuem estilos de escrita bem definidos, por exemplo, quando pensamos em Júlia Quinn logo lembramos das maravilhosas histórias de época pelas quais ela é responsável, o mesmo ocorre com Sidney Sheldon com romances policiais, Stephen King com terror e por ai vai. Algo que chama muito a minha atenção na escrita da Megan é o fato de suas histórias abrangerem diversas categorias do gênero romântico (época, histórico, erótico, contemporâneo...), e a meu ver isso trás uma diversidade interessante para a coleção que carrega seu nome, e embora nunca tenha acontecido nada parecido comigo antes, estou adorando poder conhecer os vários estilos de um gênero contados pela mesma autora. Obviamente algumas características de escrita se mantém, e por isso não importa o tempo em que a história se passe, as mocinhas da Maxwell são sempre muito teimosas, o que não chega a ser um defeito mas certamente é a origem de grande parte dos problemas desencadeados durante suas histórias, e já adianto que com Rebecca não é diferente.

Após uma grande decepção amorosa Rebecca decidiu dedicar-se em absoluto a sua vida profissional, seu objetivo é tornar-se uma advogada reconhecida e para isso ela enfrenta uma árdua jornada de trabalho ao lado de um chefe machista que menospreza tudo que lhe diz respeito. Contudo a solidão auto imposta da jovem chega ao fim quando ela encontra uma cachorrinha perdida, a pequena pizza conquista seu lugar na vida de Rebecca e protagoniza mudanças bem vindas a rotina retraída da jovem. Alguns anos depois, um novo encontro ocorre, dessa vez Rebecca conhece Paul, mas nem mesmo a boa impressão inicial convence a moça a olhar duas vezes para o belo homem, no entanto, o destino resolve conspirar a favor e uma sucessão de coincidências os aproximam, e com uma ajudinha especial de pizza e Lorena, filha de Paul, esses dois verão seus destinos se cruzarem de forma inesperada, porém bem vinda.

Já faz um bom tempo que não leio um livro com uma pegada tão fofa como esta, sabe aqueles romances que te fazem suspirar e torcer loucamente pelo casal, estilo filme da sessão da tarde? Então, esse é exatamente assim, e atribuo isso única e exclusivamente ao Paul, pense num personagem apaixonante. O piloto de MotoGP está longe de ser um badboy, mulherengo ou algo do tipo como é de se esperar em livros do gênero, ao contrário disso ele é um pai amoroso e dedicado, e antes de prosseguir quero deixar claro que o fato dele cuidar sozinho da pequena Lorena apenas acentuou o meu amor por ele, e que não digo isso por achar algo excepcional sua condição de pai solteiro, embora saiba que no mundo real e literário a situação é bem incomum, não considero isso um grande feito, afinal o que não faltam são mães solteiras se virando nos trinta para criar seus filhos sozinhas, então não, não estou superestimando esta condição do personagem, o que me conquistou mesmo foi sua dedicação incondicional a filha e a forma como ele está sempre atento suas necessidades, além disso ele se mostrou um homem maduro e decidido e por mais que desejasse o contrário soube respeitar o espaço da Rebecca.

A interação entre os protagonistas é um dos pontos altos da trama, ambos carregam em suas bagagens marcas ocasionadas por relacionamentos passados, e por isso a aproximação inicial ocorre de forma mais lenta, o que considero algo positivo, já que não sou lá muito fã de relacionamentos relâmpagos que surgem inabaláveis após uma simples troca de olhares, gosto de sentir os sentimentos sendo construídos através do conhecimento e da identificação. Outro ponto que me agradou bastante foram as personalidades bem definidas de Rebecca e Paul, ele como já disse anteriormente, é um personagem que cativa de imediato, já ela se mostra inabalável, forte e autossuficiente, além de demonstrar um carinho e cuidado enorme para com os irmãos. Adorei acompanhar essa relação familiar, durante toda a leitura fica nítido que o elo fraternal compartilhado é tão sólido quanto se poderia esperar, porém como nem tudo são flores acabei me irritando um pouquinho com as decisões da Rebecca que assumiu para si a responsabilidade de resolver todos os problemas que surgiram, esse fato em especial ditou os rumos da trama e provocou um sofrimento excessivo e ao meu ver em sua maioria desnecessário para vários personagens, incluindo a própria Rebecca.

Como o nome bem diz este é um "quase romance" que vai além da relação familiar, e apesar de inesperada essa surpresa foi bem vinda. Ao destacar a vida profissional da protagonista a autora nos envolve em um suspense até interessante e importante ao ponto de tirar várias peças do lugar e tumultuar consideravelmente a história, o problema é que que mesmo tendo um leque de pontas para trabalhar a autora não conseguiu desenvolver bem nenhuma das situações apresentadas. Gostei bastante dos assuntos abordados, o cenário todo é muito atraente e instiga o desejo pela leitura mas por ser mal desenvolvido proporciona uma sensação final de incompletude, finalizei a leitura com a impressão de que a história poderia ter sido melhor trabalha, mas nem isso anula o fato deu ter gostado consideravelmente do conjunto geral da obra.

Quase um romance, é um livro mediano, e talvez por se tratar da primeira história escrita pela autora não tenha atingido todo o seu potencial. Apesar de nos depararmos com um enredo dinâmico e de rápida leitura é impossível não percebermos a superficialidade da narrativa, que dificulta um pouco a criação de um vínculo com os personagens e seus dilemas, apesar disso tenho que admitir que embora os acontecimentos tenham sido meio que jogados, a agilidade do texto proporcionou a leitura um ritmo frenético. A história em si é gostosa de se ler, e trás uma série de temas importantes e atuais como, abandono parental, violência doméstica e tráfico de drogas, que se bem desenvolvidos teriam dado uma história incrível. Devido a abordagem de temas tão marcantes acredito que a história poderia facilmente ter ganhado mais algumas páginas e dessa forma a trama teria tido a possibilidade de ir além de um começo, meio e fim simples demais.    

12 comentários

  1. Oiiieee, conheço alguns livros da autora e ela é alemã, não argentina. Mas hoje vive na Espanha, como ela sempre narra em muitos de seus livros. :)
    Eu li uma saga dela e depois sei um tempo mas consegui criar um sentimento pelos personagens, diferente deste livro que ficou mais superficial.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Greice,
      obrigada pela correção. Realmente a Megan é alemã, não sei onde estava com a cabeça quando cometi um erro tão grotesco, inclusive já havia acontecido em um outro texto, por isso estou realmente grata pela ajuda e pela possibilidade de poder corrigir esse equívoco. Eu estou acompanhando uma série dela, pela qual estou apaixonada e conheço pelo menos uma fração do potencial que ela tem e mesmo este tendo sido uma história mais superficial do que estou acostumada, ainda é fácil gostar dos personagens dela.

      Abraços e
      volte sempre!

      Excluir
  2. Não conhecia a autora e esse dom de ramificar dentro de um gênero é algo novo e inovador para mim.
    Que bom que no todo a obra te agradou, eu vou deixar este nome anotado para um dia destes ler algo dela.

    Beijos.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  3. Heiii, tudo bem?
    GOsto mto dos livros da Megan Maxwell, acho a escrita dela uma delícia e sempre sao romances de nos marcar mto.
    Uma amiga que tem o mesmo gosto que eu para livros não curtiu mto o "Quase um romance", achou meio supercial demais e acabou que achou tudo mto chato por justamente ter mtos temas interessantes, mas nenhum ter sido destacado.
    Eu ainda quero ler e ver se gosto ou nao, acho a capa um charme.
    Vou ver se compro na Black.
    Beijos.

    Livros e SushiFacebookInstagramTwitter

    ResponderExcluir
  4. Oiee Delmara ^^
    Eu já tinha visto a capa desse livro antes, mas eu nunca olho duas vezes para os livros da Megan. Talvez seja porque eu sempre penso em romances eróticos quando vejo o nome dela, e como esse gênero em especial não me agrada, eu acabo nem querendo ler os outros livros dela. Gostei da premissa desse livro, não é original (hoje em dia qual história é, né?), mas parece ser o tipo de livro que a gente lê rapidinho e solta alguns suspiros. Também gosto de ver os personagens se apaixonando aos poucos, nunca fui fã de histórias onde um olhar já traz a paixão e BUM, estão juntos.
    MilkMilks ♥
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  5. Concordo com você, é muito interessante acompanhar diferentes generos mas com o mesmo autor, Megan criou nome e renome no cenário erótico, a conheci por isso e adorava suas histórias, não conhecia essa obra ainda mas a sua resenha me deixou curiosa, quero conferir suas impressões de perto e tirar minhas próprias conclusões, espero poder fazer isso em breve.

    ResponderExcluir
  6. Comecei a ler um livro da autora e acabei abandonando lá pela página 50 porque não fucnionou para mim, mas tenho uma amiga que é master fã dela e ela tem a mesma opinião que você sobre este livro aqui: mediano.
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

    ResponderExcluir
  7. Olá!
    Eu nunca li nada da autora, mas lendo a sua resenha eu fiquei bem curiosa. Não apenas com esse livro (mas os outros com guerreiro escocês, sou louca por um kilt). Enfim, eu adoro quando a autora consegue pegar a bagagem de vida dos personagens e fazer com que isso valha alguma coisa no desenvolvimento e no relacionamento deles na trama. Eu fiquei muito curiosa, tenho buscado romances nessa pegada mais adulta (no quesito sentimentos e envolvimento). Anotei a dica e parabéns pela resenha. :)

    beijos!

    ResponderExcluir
  8. Oi!
    Eu morro de vontade de ler esses livros da Megan, apesar de sempre ler que eles tem uma abordagem mais superficial na trama fico bem curiosa porque a autora é muito dinâmica com os temas que escreve.
    mas é uma pena que nesse em questão a autora não tenha desenvolvido os pontos da história, que tinha um grande potencial

    ResponderExcluir
  9. Olá,

    Não sei bem porque, mas a premissa desse livro me lembrou Nicholas Sparks <3. Já li outros livros da Megan, e sim suas mocinhas são o significado de tenacidade, só que elas rendem tanta diversão ao leitor, que nem ligamos muito para isso. Já li algumas resenhas desse livro, quero muito fazer essa leitura, pois nunca li nada fofinho da autora, só os hots. Além disso, passei um período só lendo livros dramáticos, agora estou em busca de livros mais leves.

    Beijos,
    oculoselivrosblog.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  10. Olá Delmara,
    Você acredita que nunca li nada dessa autora? Eu tenho vontade, mas a oportunidade nunca surgiu.
    Confesso que o começo de sua resenha me animou demais, pois gostei muito de a personagem ter focado em sua profissão, acho isso muito importante, mas já consigo, também, imaginar o desenrolar da história.
    Acho que, mesmo sendo um livro mediado, é uma leitura que vale a pena ser feita e vou anotar a dica.
    Beijos,
    Um Oceano de Histórias

    ResponderExcluir
  11. Estou lendo mas cofesso esta um pouco tedioso!!!Mas sou teimosa e nao sempre acredito vai melhor kkk vou ate o fim!

    ResponderExcluir