Esse mês eu estou uma coisa... Se vocês prestarem bastante (nem precisa tanta assim) atenção nas postagens até aqui, vão perceber um padrão bem nítido entre elas, a começar pelas resenhas de gênero unânime, juro que não fiz de propósito e já estou trabalhando para concertar, e além disso há é claro, o meu lado mais falante e por fim a Del cinéfila claramente atacada (ahhh! Essas fases), isso porque ando assistindo filmes que me trazem bons questionamentos, dos quais não consigo parar de falar. Vocês já perceberam onde quero chegar, não é mesmo? Então é isso galera, hoje vamos falar de mais um filme que mexeu comigo e que quero muito conversar a respeito. Chega mais e vamos falar sobre O quarto de Jack.
ROOM
Lançado: 18 de fevereiro de 2016
Duração: 1h 58min
Elenco: Brie Larson, Jacob Tremblay, Joan Allen
Gênero: Drama
Avaliação: 4/5 🎬
O quarto de Jack, conta história de Joy e seu filho Jack (de apenas cinco aninhos), que são mantidos em cativeiro dentro de um quarto, o único contato que ambos tem com o mundo exterior, é oriundo das visitas do velho Nick (nome que Joy deu a seu sequestrador e carcereiro). Quando Joy enfim percebe que não está obtendo sucesso em suas tentativas para tornar tolerável a estadia no cativeiro, ela bola um plano de fuga, no qual Jack será uma peça fundamental.
Lançado: 18 de fevereiro de 2016
Duração: 1h 58min
Elenco: Brie Larson, Jacob Tremblay, Joan Allen
Gênero: Drama
Avaliação: 4/5 🎬
O quarto de Jack, conta história de Joy e seu filho Jack (de apenas cinco aninhos), que são mantidos em cativeiro dentro de um quarto, o único contato que ambos tem com o mundo exterior, é oriundo das visitas do velho Nick (nome que Joy deu a seu sequestrador e carcereiro). Quando Joy enfim percebe que não está obtendo sucesso em suas tentativas para tornar tolerável a estadia no cativeiro, ela bola um plano de fuga, no qual Jack será uma peça fundamental.
Apesar de ter o livro aqui em casa e inclusive já ter até iniciado a leitura, eu não estava preparada pra esse filme. A carga dramática por si só já me envolveu completamente, mas a tensão... Gente, sem mentira nenhuma, não consegui relaxar um minuto sequer até os créditos começarem a rolar. Já de cara me vi atraída pela premissa que prometia muitas emoções, mas nem em mil anos eu ia conseguir imaginar tudo o que estava por trás das poucas palavras que descreviam a obra em sua sinopse. Baseado no livro "Quarto", de Emma Donoghue, que foi publicado pela Ed. Record aqui no Brasil, e dirigido por Lenny Abrahamson, O quarto de Jack é um suspense que transborda encantamento e delicadeza.
Não sou nenhuma crítica de cinema, por isso prefiro falar dos sentimentos e sensações que o filme despertou em mim. E preciso enfatizar que foi tudo no mínimo intenso.
Imaginem a cena comigo, uma jovem de dezessete anos que para para ajudar um cara na rua que pede ajuda, pois o seu cachorro está com problemas (você ajudaria? Eu acho que eu ajudaria), é sequestrada, posta em cativeiro e estuprada frequentemente, devido aos abusos ela acaba grávida, um cenário revoltante, não é mesmo? Apesar do filme inciar no aniversário de cinco anos de Jack, é nítido o quanto o nascimento do garotinho deu forças para Joy, mesmo em meio a angústia, o medo e o desespero de estar sendo mantida em cativeiro por cerca de sete anos, ela se manteve firme e tentou na medida do possível preservar a inocência do seu filho. O que nos leva a um ponto que me comoveu bastante, apesar de nunca ter tido contato com o mundo exterior Jack é uma criança ativa, questionadora e extremamente precoce, isso somado a sua doçura e inocência despertou em mim uma empatia quase que imediata.
A rotina dos dois dentro do cárcere era o mais "normal" possível, me refiro a alimentação, higiene e sono, Joy lia e cantava para Jack e o ensinava a ler e escrever... Mas o que mais me chamou a atenção nessa rotina, foram os dias em que o velho Nick "visitava" o quarto, nesses momentos Jack era posto para dormir no guarda roupas e orientado a não sair de lá, esses eram momentos recorrentes em que Joy sofria os abusos, e que felizmente o pequeno não presenciava de forma direta. Como a história é contada do ponto de vista de Jack é muito fácil perceber até onde ele estava realmente protegido dessa loucura toda.
Não posso falar de uma história como essa e deixar de fora a grande ligação entre mãe e filho. Sempre lemos e ouvimos falar a respeito dessa ligação mágica que existe entre uma mãe e seu filho, recentemente me tornei mãe e pude constatar que sim, ela existe e é indescritível e imensurável, meu filho tem apenas um aninho e é como se fosse a parte mais importante de mim, aquela que quero cuidar e preservar antes de tudo e de todos. Deu pra perceber a intensidade do negócio? Pois bem, eu percebi algo muito maior (se é que é possível), ou talvez apenas mais evidente, na relação de Joy e Jack, isso porque não havia nada para ele além dela, e mesmo ela tendo deixado muita coisa do lado de fora do quarto, Jack era a única pessoa boa e real que preenchia os dias de Joy. Eu nunca soube o que é isso, ser a única pessoa para alguém, e ter uma única pessoa para amar (já que os outros eram lembranças que talvez ela nunca mais voltasse a vivenciar), pois mesmo vivendo grudada com meu filhote, ele possui alguns outros grandes amores, exemplo disso é a paixão sem medidas que ele tem pelo meu pai (entre o avô e a mãe a escolha dele em primeiro lugar SEMPRE será o avô), que é seu pãeô (uma espécie de pai, mãe e avô tudo em um ser só, e haja corujisse). Por isso, consegui sentir com uma intensidade gritante, a decisão de Joy de usar o Jack no seu plano de fuga, quase enlouqueci de tanto medo e angústia.
O quarto de Jack, é um filme que desperta questionamentos e deixa as emoções a flor da pele (principalmente em duas ou três cenas) e que eu super indico, os atores conseguiram passar muito bem toda a dramaticidade da trama. Mas o mais relevante de tudo isso são as temáticas abordadas no desenrolar da história, e dentre elas está a força que um passa para o outro, e que fez com que uma ou duas lágrimas (mentira, foram enxurradas) rolassem no meu rosto. Joy protegeu jack de uma primeira infância extremamente traumática, pintou para ele um mundo menos feio e com isso aumentou consideravelmente suas chances de felicidade, por outro lado Jack mesmo tão novinho, mais de uma vez, foi a boia de salvação da mãe, aquele que a impediu de sucumbir as tormentas e as pressões cotidianas. Essa relação foi muito bem desenvolvida o que deu muita credibilidade ao longa.
Eu li o livro, ou melhor devorei. Achei incrível. Ainda não assisti ao filme, acho que estou com medo de me decepcionar (como sempre acontece) Adorei seu post, o trailler é incrível. Imagine o filme inteiro :)
ResponderExcluirQuero muito assistir este filme e ler o livro, minha professora assistii e me recomendou pois ela adorou.
ResponderExcluirEu chorei só assistindo ao trailer. Imagina lendo o livro e depois assistindo ao filme? Eu iria me derreter em lágrimas rs. Apesar de já saber como a história termina pq o que vi de spoilers não foi pouco rsrs, eu quero conhecer a história, só não sei se leio ou assisto. Tenho medo das cenas "fortes" e fico sem saber em qual obra ela é mais bem detalhada. Lendo seu texto eu já senti uma angústia... Porque dá pra notar o sentimento que o filme passa, sabe? Sou dessas que foge de grandes emoções, mas O Quarto de Jack está na lista. É claro que, antes, vou ter que me preparar psicologicamente.
ResponderExcluirBeijo!
Olá, Delmara.
ResponderExcluirEu quero muito conhecer essa história. Preciso ver esse filme, mas antes quero ler o livro. O problema é que ele custa muito hehe. Mas ainda vou ler e assistir. Fico aqui imaginando como deve ser bom e o quanto vou me emocionar.
Blog Prefácio
calma, tem uma mais atrasada que você... euzinha, acho o enredo lindo, mas ainda não conferi na integra!
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Olá!
ResponderExcluirQue linda sua resenha! Também amei esse filme e sofri junto a cada momento. É um filme muito reflexivo sobre a vida e a liberdade. Ainda não li o livro, mas está na minha lista. Adorei a atuação desse menino, perfeita! Uma ótima indicação a quem ainda não assistiu. Beijos.
Nossa, que história tensa! Horrível só de pensar! Essa é só uma história, mas sabemos que há casos reais né?
ResponderExcluirNão conhecia o livro nem o filme, mas já coloquei o livro na lista de desejados e pretendo ver o filme.
Eu fiquei arrepiado quando assisti O Quarto de Jack! Assisti o filme pouco antes do Oscar desse ano, o que me fez ficar na torcida para que o filme ganhasse algum Oscar. Achei super emocionante como tudo é tratado no filme, o que me fez ficar em choque! Super recomendo!
ResponderExcluirNão li o livro e nem assisti o filme, não é um gênero que eu goste de ler, eu fico muito mal com estórias desse tipo, quem sabe algum dia eu não leia neeh preciso estar mais preparada emocionalmente.
ResponderExcluirBjusss
Oi!
ResponderExcluirGostei muito da resenha, assistir ao filme e realmente é linda essa relação de mãe e filho que vemos, e tocante como a Joy tenta proteger o Jack e tudo e como ele da força para ele conseguir enfrentar tudo, também achei bem interessante a parte depois do cativeira e a adaptação dos dois ao mundo !!
Não sei se estou preparada emocionalmente para assistir esse filme, pela trama percebo que é intensa e cheia de sentimentos a despertar no telespectador. Essa atriz parece ser excelente, o que acho digno para o papel que faz, eu imagino como ela teve que ser forte ao cuidar de uma criança naquele lugar depois de tanto sofrimento.
ResponderExcluirPoxa que resenha, já pode parar e me trazer um lencinho porque estou chorando só de imaginar! também sou mãe e sei que o laço p uma coisa de outro mundo. Mas sobre essa história, nunca li o livro mas vi vários amigos comentando de como o filme é forte e intenso e que mechem diretamente com os nossos nervos! Já quero assistir, e com certeza ver o mundo com olhos mais atentos!
ResponderExcluirAssisti o filme e meu coração ficou miudinho... Não sei se resistiria ao livro, é emoção demais pro meu pobre coração!
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