Resenha #173 Nunca Jamais - Colleen Hoover e Tarryn Fisher

Oieeeee!!

Como estão vocês? Agora que as férias acabaram o tempo pra leitura ficou meio escasso né? Como a vida de mãe não da férias já estou conseguindo me adaptar e organizar para poder ler com uma frequência maior. Bom, sem mais delongas, vamos conferir algumas impressões a cerca da mais nova obra da Colleen Hoover lançada no Brasil.

Titulo: Nunca Jamais (Never Never #01)

Autor(a): Colleen Hoover e Tarryn Fisher

Editora: Galera Record

Ano: 2016

N° de páginas: 192

Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram... Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar. Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado.

Posso descrever facilmente esse livro, como a confusão mais envolvente que já li. Quando li Hopeless, percebi claramente que a escrita da Colleen é estritamente racional e me lembro que na época gostei bastante dessa característica, mas Nunca jamais, me apresentou um outro nível de racionalidade, várias pontas soltas que no decorrer da trama uniram-se e deram forma a uma série de fatos soltos que prometem nos levar a uma história e tanto.

Charlie e Silas estão perdidos em corpos e vidas desconhecidas, eles não fazem ideia de quem são ou o que lhes aconteceu, suas memórias estão totalmente em branco, exceto por alguns flashes que pouco explicam como chegaram até ali, mas que lhes dão uma pequena ideia de como era suas vidas antes de tudo ser esquecido. Aos poucos eles vão descobrindo que a ausência de memória é apenas uma dentre tantas coisas erradas na vida de ambos e juntos buscarão descobrir o mistério que envolve esse passado compartilhado e nebuloso. Perigos, medos e inseguranças espreitam o confuso caminho que esses jovens deverão trilhar, na busca de encontrarem a si mesmos eles descobrirão que não importa o quão erradas suas escolhas possam parecer, eles sempre estarão ligados.

Não conheço a escrita da Tarryn, mas pelo resultado dessa união entre ela e a Colleen, me arrisco a dizer que irei conhecê-la em algum momento.  Fiquei muito satisfeita com a abordagem realizada pelas autoras, que desenvolveram uma história capaz de despertar no leitor as mais variadas sensações, amei a ênfase que elas deram aos dramas dos protagonistas, suas incertezas e a busca pelas lembranças, bem como os inúmeros percalços encontrados pelo caminho. Ver Silas e Charlie como expectadores de suas próprias vidas foi singular, enquanto eles se descobriam e auto avaliavam, livres da carga emocional que se conhecerem acarretaria, fiquei imaginando o quanto somos frágeis. O fato de terem perdido a memória, fez com que eles quase que deixassem de existir, eram estranhos em vidas que não reconheciam e por vezes não aceitavam. Olhavam e julgavam seus próprios defeitos, como se pertencessem a outros, em alguns momentos apesar de demonstrarem empatia por um ou outro conhecido não se lembavam sequer dos sentimentos que sentiam em relação a eles. O que foi instigante e angustiante ao mesmo tempo, conferindo tornando a leitura agridoce.

Bem escrito, Nunca jamais é palco de um romance sutil e intenso, que apesar de ter ficado em segundo plano nesse volume introdutório, possui altas chances de futuramente ser trabalhado de forma mais ampla, pois além de curtinho o livro possui continuação, então muita coisa ficou em aberto, e apesar de ter algumas hipóteses com relação ao que está por vir, estou preenchida por uma série dúvidas que terei que aguardar para sanar. Espero que no próximo volume as autoras nos dê mais informações para que as especulações sejam montadas sob bases mais firmes. Tudo que posso dizer no final das contas é que não vejo a hora de descobrir o que está por vir.

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